5 – DOMINGO
27º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio – 3ª semana do saltério)
Ao vosso poder, Senhor, tudo está sujeito, e não há quem possa resistir à vossa vontade, porque sois o criador de todas as coisas, do céu e da terra e de tudo que eles contêm; vós sois o Senhor do universo (Est 4,17).
Reunimo-nos nesta celebração para reavivar em Cristo Jesus a chama da fé e do amor. O olhar da fé e o coração aberto aos apelos divinos nos impulsionam a ser servidores generosos junto às pessoas necessitadas e sofredoras. Neste mês missionário do ano jubilar, rezemos pela Igreja, chamada a ser peregrina de esperança.
Primeira Leitura: Habacuc 1,2-3; 2,2-4
Com a ajuda do Espírito Santo, ouçamos atentos a Palavra que nos será anunciada. Ela fortalece em nós a fé e o amor e nos ilumina em nosso serviço ao Evangelho.
Leitura da profecia de Habacuc – 2Senhor, até quando clamarei, sem me atenderes? Até quando devo gritar a ti: “Violência!”, sem me socorreres? 3Por que me fazes ver iniquidades quando tu mesmo vês a maldade? Destruições e prepotência estão à minha frente; reina a discussão, surge a discórdia. 2,2Respondeu-me o Senhor, dizendo: “Escreve esta visão, estende seus dizeres sobre tábuas, para que possa ser lida com facilidade. 3A visão refere-se a um prazo definido, mas tende para um desfecho e não falhará; se demorar, espera, pois ela virá com certeza e não tardará. 4Quem não é correto vai morrer, mas o justo viverá por sua fé”. - Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 94(95)
Não fecheis o coração; ouvi vosso Deus!
1. Vinde, exultemos de alegria no Senhor, / aclamemos o rochedo que nos salva! / Ao seu encontro, caminhemos com louvores / e, com cantos de alegria, o celebremos! – R.
2. Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra, / e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! / Porque ele é o nosso Deus, nosso pastor, † e nós somos o seu povo e seu rebanho, / as ovelhas que conduz com sua mão. – R.
3. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: / “Não fecheis os corações como em Meriba, / como em Massa, no deserto, aquele dia, † em que outrora vossos pais me provocaram, / apesar de terem visto as minhas obras”. – R.
Segunda Leitura: 2 Timóteo 1,6-8.13-14
Leitura da segunda carta de São Paulo a Timóteo – Caríssimo, 6exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. 7Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e sobriedade. 8Não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus. 13Usa um compêndio das palavras sadias que de mim ouviste em matéria de fé e de amor em Cristo Jesus. 14Guarda o precioso depósito com a ajuda do Espírito Santo, que habita em nós. – Palavra do Senhor.
Evangelho: Lucas 17,5-10
Aleluia, aleluia, aleluia.
A Palavra do Senhor permanece para sempre; / e esta é a Palavra que vos foi anunciada (1Pd 1,25). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 5os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” 6O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria. 7Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa’? 8Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso, tu poderás comer e beber’? 9Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’”. – Palavra da salvação.
Reflexão:
Na viagem a Jerusalém, os apóstolos reconhecem sua falta de fé, por isso o pedido: “Aumenta nossa fé”. Jesus mostra-lhes a importância da fé, mesmo pequena. A fé do cristão não está em aderir a um conjunto de verdades abstratas, mas trata-se de uma escolha concreta: a de seguir o Mestre. Segundo o texto, o poder da fé é muito grande, consegue coisas humanamente impossíveis. A pequena parábola pode chocar os corações mais genuínos. Ela dá a impressão de justificar a escravidão, mas Jesus não aprova escravidão nenhuma, apenas aproveita da realidade presente no seu tempo, em que havia muitos escravos. Precisamos de muita fé para compreender nossa contribuição gratuita ao serviço do Reino de Deus. A parábola mostra que os servidores do Evangelho não devem esperar aplausos e recompensas. Ela quer desfazer o conceito de um “deus capitalista”, uma troca de favores, que recompensa ou castiga conforme nosso agir. Deus nunca esquecerá o bem que fazemos, mas não o fazemos para ter méritos diante dele.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)