4 – SEGUNDA-FEIRA
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
PRESBÍTERO E CONFESSOR
(branco, pref. comum, ou dos pastores – ofício da memória)
Vossos sacerdotes, Senhor, se vistam de justiça e vossos santos exultem de alegria (Sl 131,9).
João Maria (França, 1786-1859) foi pároco da pequena aldeia de Ars por mais de quarenta anos. Não só atraía para a Igreja e para Deus seus conterrâneos, mas também acolhia pessoas de todas as condições sociais, que chegavam de longe para ouvir suas orientações e dele receber o perdão sacramental. É o patrono dos párocos e, por extensão, de todos os padres. A seu exemplo, sigamos o caminho da humildade e do autêntico zelo pastoral.
Primeira Leitura: Números 11,4-15
Leitura do livro dos Números – Naqueles dias, 4os filhos de Israel começaram a lamentar-se, dizendo: “Quem nos dará carne para comer? 5Vêm-nos à memória os peixes que comíamos de graça no Egito, os pepinos e os melões, as verduras, as cebolas e os alhos. 6Aqui nada tem gosto ao nosso paladar, não vemos outra coisa a não ser o maná”. 7O maná era parecido com a semente do coentro e amarelado como certa resina. 8O povo se dispersava para o recolher e o moía num moinho ou socava num pilão. Depois o cozinhavam numa panela e faziam broas com gosto de pão amassado com azeite. 9À noite, quando o orvalho caía no acampamento, caía também o maná. 10Moisés ouviu, pois, o povo lamentar-se em cada família, cada um à entrada de sua tenda. 11Então, o Senhor tomou-se de uma cólera violenta, e Moisés, achando também tal coisa intolerável, disse ao Senhor: “Por que maltrataste assim o teu povo? Por que gozo tão pouco do teu favor, a ponto de descarregares sobre mim o peso de todo este povo? 12Acaso fui eu quem concebeu e deu à luz todo este povo, para que me digas: ‘Carrega-o ao colo, como a ama costuma fazer com a criança, e leva-o à terra que juraste dar a seus pais’? 13Onde conseguirei carne para dar a toda esta gente? Pois se lamentam contra mim, dizendo: ‘Dá-nos carne para comer!’ 14Já não posso suportar sozinho o peso de todo este povo: é grande demais para mim. 15Se queres continuar a tratar-me assim, peço-te que me tires a vida, se achei graça a teus olhos, para que eu não veja mais tamanha desgraça”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 80(81)
Exultai no Senhor, nossa força.
1. Mas meu povo não ouviu a minha voz, / Israel não quis saber de obedecer-me. / Deixei, então, que eles seguissem seus caprichos, / abandonei-os ao seu duro coração. – R.
2. Quem me dera que meu povo me escutasse! / Que Israel andasse sempre em meus caminhos! / Seus inimigos, sem demora, humilharia / e voltaria minha mão contra o opressor. – R.
3. Os que odeiam o Senhor o adulariam, / seria este seu destino para sempre; / eu lhe daria de comer a flor do trigo, / e com o mel que sai da rocha o fartaria. – R.
Evangelho: Mateus 14,13-21
Aleluia, aleluia, aleluia.
O homem não vive somente de pão, / mas de toda palavra da boca de Deus (Mt 4,4). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 13quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. 14Ao sair da barca, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. 15Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!” 16Jesus, porém, lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” 17Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. 18Jesus disse: “Trazei-os aqui”. 19Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida, partiu os pães e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. 20Todos comeram e ficaram satisfeitos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. 21E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. – Palavra da salvação.
Reflexão:
A escassez do deserto se contrapõe, no Evangelho de hoje, à abundância que nasce da partilha e, sobretudo, da presença de Jesus. Afastando-se da cidade que matou João Batista por ganância, Jesus promove o banquete da vida. Por hora, essa vida plena é expressa através de símbolos materiais: o pão e o peixe. Mas, como Jesus tem algo muito maior e mais valioso a oferecer, em breve o pão que nutre o corpo será seu próprio corpo e sangue, o banquete eucarístico, alimento espiritual. Em cada Eucaristia, somos alimentados por Cristo, entrando em comunhão com ele, e cada cristão é chamado a se tornar aquilo que comunga, o corpo místico, ou seja, é chamado a se tornar Igreja, confiando no verdadeiro guia e alimento que é Cristo.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
Fonte: Paulus